[FP] Scoot Blackwood Bouvier

Scoot tem uma personalidade confusa, as vezes é difícil de definir algo concreto para a maneira com que ele age, dias ou outros até mesmo ele se perde nos próprios pensamentos. Tímido é uma das principais características do garoto, quem sabe algum dia ele perca aquele problema de corar na frente dos outros por vergonha de algo. Ele não tem muitos amigos, mas não por que ele quer, mas por que não consegue fazer, dificilmente esta com outras pessoas, já que prefere ficar sozinho, é uma mania que ele criou por ser filho único. É quieto e não gosta de se misturar com pessoas que ele ache que são más influências, embora tenha dificuldade para dizer não a um pedido.

Simpático e sorridente, consegue conquistar as pessoas pelo seu jeito carinhoso e quase sempre compreensivo. Cresceu sempre mantendo a linha, nunca quebrando regras e evitando decepcionar suas mães, ele não tem vergonha de dizer que é filho de duas mulheres homossexuais e que foi adotado, principalmente por saber que teve todo o amor que precisou quando pequeno.

Pode se dizer que ele tem um pequeno problema, é ingênuo e cai na tentação de qualquer um, as pessoas conseguem o manipular por ser fácil fazer. É um garoto que confia em qualquer pessoa, mesmo não tendo certeza se essa é confiável. Sua sensibilidade também um fator marcante, se magoa facilmente com as pessoas.

Era um dia chuvoso, quase ninguém tinha coragem de sair debaixo daquela tempestade que estava tendo na cidade de Napanee no Canadá. Um choro alto de criança estava vindo de uma caixa de papelão, enrolado dentro de um cobertor rasgado na frente de um dos orfanatos mais conhecidos da cidade, havia um bebê com alguns meses de vida pedindo ajuda da forma que conseguia.

Um homem bêbado que passava em frente ao estabelecimento escutou os berros da criança e gritou por ajuda, muitos não acreditaram por ser um rapaz que havia tomado álcool em excesso, mas quando escutaram o choro foram correndo para socorrer a pobre criança que estava com muita fome, frio e sono.

Não levou muito tempo para a criança ser internada num hospital público e ficar uma quantidade de dias razoáveis até pegar alta, afinal, a situação do garoto era grave. Estava gripado por pegar chuva e acabar ficando exposto aos ventos gélidos que são comuns no país. Quando melhorou o menino recebeu o nome de Scoot o mesmo do doutor que o cuidou dentro do hospital, mas como ninguém ali podia ficar com a criança, deixaram-o no orfanato.


A infância do menino foi calma e o bastante para faze-lo começar a entender das coisas, mesmo sabendo que tinha sido abandonado, ele tentava demonstrar aquele bobo sorriso de criança. Scoot era um dos garotos mais quietos do orfanato, geralmente se isolava dos outros e procurava as mulheres que cuidavam do estabelecimento para conversar.

O tempo passou e o menino completou seus sete anos de idade, ninguém imaginava que ele não seria adotado por tanto tempo e todos sabem que dificilmente alguém mais velho saía do orfanato com pai e mãe. Scoot se sentia com medo todos os dias, achando que não era bom o suficiente para ter uma família.

Era um dia de semana quando um casal de mulheres apareceu, elas estavam interessadas em algum garoto mais velho e a ficha de Scoot havia sido dado a elas, mas as mesmas ficavam indecisas se o adotavam ou procuravam algum outro. Quando elas o viram, sentiram que precisavam tira-lo dali e assim fizeram. A vez do garoto chegou, contente ele as abraçou no mesmo instante, ansioso para conhecer seu futuro lar.


Como ninguém pode ser criança para sempre, Scoot começou a envelhecer, se tornou um rapaz de boa conduta e adorado por todas as pessoas que estavam ao seu redor. Mas nem tudo dava certo, o garoto algo diferente dos demais colegas do novo colégio, ele era Homossexual e evitava contar isso para as pessoas por vergonha de si mesmo.

Certa vez um dos garotos da turma pediu para sair com Scoot, ele aceitou e marcaram de se verem no final da aula para ir tomar um sorvete. Naquela época ele estudava de tarde, então depois das dezessete horas eles se encontraram, mas a ingenuidade de Scoot não o deixou perceber que o garoto tinha segundas intenções.

Já estava anoitecendo e ambos precisavam ir para a casa. Caminharam sorridentes pelas ruas da cidade até um rapaz de grande porte os parar, os dois tremeram de medo e ficaram em silêncio, afinal, estavam com medo de gritar e acontecer algo. O homem os observou e pediu para Scoot vir com ele ou levaria uma surra.

Não podendo recusar, o menino seguiu aquele homem com a cabeça baixa. Chegaram num beco escuro e Scoot foi obrigado a tirar a roupa, não é uma coisa que ele gosta de lembrar, mas depois daquele momento ele foi estuprado violentamente e não pode se defender de nenhuma maneira, era sem dúvidas algo horrível.

Cambaleando pelas ruas com as roupas rasgadas, Scoot conseguiu chegar em casa com lágrimas escorrendo no rosto, estava atordoado com a situação que ocorreu. Teve de contar tudo as suas mães que enfurecidas fizeram um boletim de ocorrência numa delegacia próxima.

O tempo passou, mas o trauma continuou o atormentando. Em seu aniversário de dezoito anos ele teve uma surpresa de uma de suas mães, ele havia sido matriculado numa universidade famosa da região, aquela que poderia o formar e as orgulhar.

Haviam fraternidades no lugar onde ele começaria a estudar e estava em dúvida em qual ele entraria, mas por ironia do destino foi colado nos Ômega, uma fraternidade conhecida por abrigar jovens mauricinhos mimados, mas o único problema, é que Scoot era diferente, não era como eles, teve uma infância difícil e sabe dos problemas que o cercam.