[FP] Cheryl Rendvery

Cabelos negros e médios, olhos verdes como esmeraldas , altura mediana, corpo não tão deslumbrante, porém bonito. Pele perfeita como de uma boneca de porcelana, suas sardas dão um toque ainda mais lindo ao seu rosto e os cabelos na maioria das vezes estão caindo em grandes cachos. A boca fina sempre está marcada pelo batom vermelho, o nariz da garota é empinado e pequeno, as sobrancelhas grossas e as raízes negras completam o visual de tipica garota americana, mesmo que a garota tenha descendência Italiana e Escocesa. Tem uma tatuagem no ombro de uma rosa branca manchada de sangue;

Arrogante, agressiva e um sério distúrbio sádico... É um claro aviso de fique longe se não quiser sua mente corrompida. Cheryl está longe de ser quem todos acham que ela deveria ser, a garota é fechada e calada, não se dirige a ninguém se não se dirigirem a ela primeiro. Não, não é vergonha, apenas um desinteresse extremo na humanidade. Cheryl é uma pessoa que sabe quando falar e o que falar, pode manipular pessoas com gestos mudos, com emoções controladas a garota parece vazia por fora, mas por dentro é um turbilhão de sentimentos e pensamentos insanos. Cheryl puxou todos os piores traços de seus pais, desdo egocentrismo da mãe até o sarcasmo extremo do pai, além de ser cínica como ambos. Uma dama de gelo que é capaz de pisar em qualquer um que entre em seu caminho, luxuriosa e um coração tão impuro, uma mente tão depressiva que ninguém reconhecer mais a garotinha justa e linda que era quando criança. Ambiciosa e inteligente a garota sabe como ser falsa sorrindo e fingindo ser uma barbie como todas as outras, mas ela só está esperando o momento certo para dar o bote. A garota só se importa realmente com a família.

Amor é uma coisa para crianças. Puro, descomplicado e feliz... Adultos não amam, adultos não fazem nada puro. A pior coisa do mundo está ai: Crescer. Crescer significa dor, significa soltar a mão de seus pais e andar por si só, cair, errar, chorar sozinho... E quando a noite cai você fecha os olhos e deseja ser criança de novo. Porque crianças amam, elas riem, elas correm e seus maiores problemas são joelhos ralados... Talvez Mélanie e Cheryl nunca tenham sido crianças, não em mente, não em coração. O sangue que as marca está muito alto para alguém que já foi puro. O sangue escorre lentamente por seus lábios, seus olhos estão inchados, seu corpo dolorido e sua mente à beira do abismo. Nunca pensou que fosse acabar assim, não é? Nunca pensou que quase chegaria ao óbito nas mãos de sua mãe. Os sete minutos antes da morte, que todos dizem, estão se passando aos poucos por seus olhos, e ali sua vida toda aparece.


Corriam pelos jardins, gritavam no vazio apenas para ouvirem suas vozes por mais tempo. Mas os pais acharam melhor as separarem. Queria duas filhas com a melhor educação do mundo, foi nesse momento que Cheryl foi mandada para um internato, e a pobre Mélanie deixada para viver com os pais, mas antes de se separarem, as garotas enterraram seus maiores tesouros em um lugar só delas. Uma arvore grande o bastante para deixar qualquer criança assustada no escuro, mas não as duas corajosas meninas. Uma caixa foi enterrada e um pacto feito, não importava onde estivessem ou com quem estivessem sempre se apoiariam, sempre seriam inseparáveis. Fariam tudo para proteger uma a outra, contariam todos os segredos, seriam sempre leais uma à outra. O pacto, por mais infantil que você pense ser, fora selado com pequeno corte na mão de cada uma das garotas. Na caixa enterrada estavam as coisas mais valiosas para cada uma delas, e sobre a terra foi feita a promessa de só abrir quando fosse necessário, quando precisassem ser lembradas da promessa, e assim foi feito.


Um espaço em branco foi deixado na vida de Cheryl e nele ela escreveu seus piores pesadelos, um espaço em branco foi deixado na folha de caderno de Cheryl e nela seus piores pesadelos se tornaram realidade. Enquanto a irmã tinha que se virar em casa sozinha, Cheryl teve que aprender cedo a correr de encrencas, a brigar e a mentir. O internato parecia tudo de bom, mas na verdade era um lugar miserável que transformava garotinhas fofas em mentirosas, um lugar que ensinava que o que há em sua cabeça não importa, desde que seu cabelo esteja arrumado e seu sorriso lindo. Um ano foi o suficiente para fazer Cheryl ir de garota justa e querida para manipuladora e mentirosa com um sorriso de sereia. E você pensaria que garotas de nove anos não sabem mentir ainda... Está completamente enganado, garotas nascem sabendo mentir, elas só precisam que alguém diga como. E Cheryl? Ela sabia como, para quem e por que.


Voltar para casa pode ser feliz ou triste, depende do ponto de vista. Cheryl foi trazida de volta após alguns... Incidentes em casa. E a mãe queria as irmãs perto uma da outra novamente. Para Cheryl aquilo era tortura, ser tirada de um lugar que a ensinava a viver para ter que forçar um sorriso todos os dias. Para Mélanie aquilo foi a coisa mais feliz que havia acontecido em messes. Ter alguém para contar seus segredos, seria bom outra vez. Ter alguém ao seu lado, ter de volta uma irmã. Mas o problema de se crescer, de ficar longe, de perder contato, é que nunca sabe como a pessoa irá voltar, e no caso de Cheryl, ela voltou mudada. Entretanto, quem fica passa pelos mesmos estágios: cresce, muda. E Mélanie também estava diferente.


A vida das duas mudaria dali em diante, ainda mais quando o pai estava prestes a ser preso e a mãe prestes a ter um casamento com um rico empresário que tinha dois filhos. A prisão do pai veio primeiro e não abalou as garotas tanto quanto a mãe achou que iria. Os federais arrancando o pai de casa fizeram Mélanie se esconder, e Cheryl sorrir como uma maníaca da janela do seu quarto enquanto observava o homem que a criara ser levado para longe delas para sempre. Um alivio? Talvez, mas mesmo assim as coisas estavam diferentes. A mãe sempre conversava com as meninas sobre casamentos, irmãos... E isso assustava as garotinhas, irmãos? Elas eram irmãs e seriam sempre só elas, não queriam mais enxeridos em suas vidas, mas nem tudo é como se quer.


Alguns messes depois da prisão do pai veio o casamento da mãe com Edgar Galois Boucher, um rico... Não, um milionário que sempre morou perto da mesma. As três se mudaram para a casa dos Boucher’s levando um pouquinho de cada uma para uma mansão linda, grande e solitária. Os Boucher’s eram três: Edgar e seus dois filhos: Richard e Alex. Eles eram em maior número, por isso ganharam na hora de decidir em que casa viveriam. Cheryl e Mélanie logo se tornaram amigas dos novos “irmãos”. Alex e Cheryl tinham uma amizade excepcionalmente grande e radiante, sempre brincando juntos, sempre se divertindo... Eles eram como unha e carne, sempre fazendo tudo junto, até freqüentavam a mesma sala de aula o que facilitava para ambos se falarem. Na medida em que cresciam a amizade entre ambos crescia... Até que não era mais amizade. Com dezesseis anos Alex e Cheryl tinham um relacionamento escondido, trocando beijos e caricias ao alvorecer sem que ninguém soubesse, mas esses beijos e caricias levaram ao inesperado.


Alex recebeu uma oportunidade incrível de estudar em uma das melhores escolas de Boston e o garoto aceitou deixando tudo pra trás para correr atrás de seus sonhos. Só não sabia o que exatamente estava deixando para trás. Cheryl descobriu que estava grávida algumas semanas depois da partida de Alex e aquilo a deixou apavorada. Como contaria a mãe e ao padrasto que estava grávida do “irmão”? Como toda adolescente conta que está grávida: Chorando e tremendo dizendo que não queria que acontecesse. Mas as coisas são um pouco mais complicadas quando se engravida de alguém que mora com você e por acaso é filho do seu padrasto. Martha entrou em depressão ao saber da noticia, Edgar ficou furioso quase expulsando a garota de casa, mas então se acalmou e apoiou a garota. Mélanie ficou horrorizada no começo, mas o pacto era mais forte, ela apoiaria a irmã. Mary era uma pessoa neutra sobre o assunto... Já Richard ficou furioso com o fato.


Criar um bebê quando se é uma adolescente não é fácil, ainda mais quando você não desiste de seus estudos, mas Cheryl tinha toda a ajuda que podia pedir. Quando a garota se formou a pequena Alexandra já tinha três anos e cada vez ficava mais parecida com o pai, para azar e desespero de Cheryl. No ano seguinte a garota entrou para a faculdade de jornalismo se mudando com a filha para o campus... Coisa que não teria feito se soubesse que era a mesma faculdade que Alex passaria a frequentar. Agora o destino junta o que um dia separou e tudo pode dar errado e ir pelo ralo ou dar certo e fazer com que os três se tornem uma família feliz... Mas isto só o tempo dirá.