Festa de Halloween 2014

hegara o mês mais horripilante de todos. Era época de celebrar a medonha e tão conhecida festa de Halloween. O momento onde os espíritos malignos voltam a terra para assombrar os vivos que ali habitam e onde crianças se fantasiam para bater de porta em porta por meros doces. Na Universidade de Yale, como já era um espécie de tradição, a fraternidade Delta Psi organiza uma festa para todos os alunos na Kiss&Fly Club. A festa conta com diversas atrações, sendo elas shows ao vivo, dj's e competições de melhor fantasia. O local é enfeitado com diversos personagens do mundo do terror que parecem ser reais, iluminação sombria e efeitos sonoros bem feitos. O segundo andar do ambiente conta com camarotes privados, onde é possível encontrar camas e até mesmo preservativos se as coisas se tornarem mais quentes. Ao lado do palco existe um bar para todos aqueles que optarem por uma diversão completa. Há indícios de que na festa é comercializada a venda de drogas ilícitas. Vista-se e venha fazer parte desse evento estrondoso.

Não era segredo que toda a população dos EUA amava o Halloween, e o que todos mais gostavam era, com certeza, o tipo de comemoração dessa grande data. Eu estava bastante ansiosa para a grande festa de hoje a noite no Kiss&Fly Club, eu não faltaria por nada desse mundo. Eu decidi que me arrumaria na casa dos Aletha, já que os conheço desde criança, principalmente Caterina, então a primeira coisa que fiz no dia foi me direcionar para o lugar.
Depois de várias fofocas postas em dia, eu e Caterina nos dirigimos ao cabeleireiro. Perdi  alguns minutos tentando decidir qual penteado usaria, optei, no final, por um coque lateral trançado. Observei as mãos do meu cabeleireiro dividir meus cabelos loiros para o lado direito, onde puxou uma mexa grossa e começou a trança-la para a diagonal puxando mais mexas conforme trançava, depois de trançar meu cabelo por completo o vi fazer um perfeito coque na lateral esquerda de minha cabeça, na altura da orelha.
Ao chegarmos em casa, Caterina e eu resolvemos nos dedicar a maquiagem. Coloquei nos olhos um preto básico levemente puxado para fora, abaixo das sobrancelhas optei por um branco cintilante, pelo tom de minha pele resolvi por um blush extremamente clarinho, quase imperceptível e nos lábios pus algo mais ousado, um batom vinho.
Sra. Aletha, ou como prefiro, tia Aimeé, trouxe nossas fantasias. Como uma ótima estilista, se não a melhor, tia Aimeé havia feito nossas fantasias e não nos decepcionou, as fantasias estavam fantásticas. Caterina havia decidido ir de melindrosa e eu, como minha mãe, tinha meus encantamentos pelos contos de fadas, então decidi ir de Evil Queen. Evil Queen, ao meu ver, era uma mulher bastante poderosa e eu queria um pouco desse poder, pelo menos por uma noite. Depois de ter vestido minha fantasia, encarei-me no espelho admirada com cada detalhe daquela roupa.  A fantasia era um vestido todo de veludo da cor preta, na parte da frente o vestido ia até o meio das coxas, mas atrás formava uma longa calda, uma fita de cetim da cor vinho formava um v na parte da frente que ia do decote até a cintura, "dentro" da parte v era forrado por renda, as mangas eram curtas no formato balonê, logo atrás havia o famoso colarinho da Evil Queen que se estendia por toda a parte  de trás de minha cabeça. Para o complementar pus uma bota preta de salto agulha que ficava alguns centímetros abaixo do joelhos, coloquei um medalhão que havia comprado para a ocasião e por fim, o item que não poderia faltar, minha linda coroa que eu havia encomendado especialmente para usar com a fantasia, havia pequenas pedras de safira espalhadas por toda ela e uma maior  na parte da frente. Finalmente eu estava pronta para a tão esperada festa de Halloween.
Nos despedimos dos pais de Caterina e fomos para a festa no carro da família, eu e ela zoamos o caminho inteiro, era óbvio que estávamos eufóricas. Quando chegamos na entrada da festa Caterina falava algo para o motorista de sua família enquanto eu descia do carro, a entrada estava impecavelmente decorada e ali havia algumas pessoas que obviamente estavam embriagadas. Assim que adentramos o local fiquei admirada com a decoração e no quanto o local estava lotado, encarei as pessoas envolta e reconheci algumas delas. Caterina já estava com uma bebida nas mãos em questões de segundos, ouvi ela dizer algo em grego, me fazendo revirar os olhos. - Sparta, quantas vezes já disse que eu não entendo nada de grego? - ela deu uma gargalhada. Apontei para o copo de sua mão quase vazio. - Allez-y mollo sur la boisson, ma chérie. (Vá devagar com a bebida, querida.)